Relação entre pensamento, sentimento e comportamento
Um antigo ditado afirma que “somos exatamente o que
pensamos”, e isso não é um mero comentário popular.
Podemos dizer que nossos pensamentos regem nossa vida,
pois eles são o princípio basilar de nossa personalidade. Qual a razão desta
afirmação? A razão é que o nosso pensamento gera sentimento e,
consequentemente, determina o nosso comportamento.
O que deve nos induzir a
questionarmo-nos periodicamente: “qual é a qualidade dos meus pensamentos
atuais?”. É importante que façamos sempre esta reflexão, uma vez que,
reforçando, são nossos pensamentos que geram sentimentos, que geram ações, que
formam novos hábitos, que modelam nossa personalidade.
Existe
uma relação estreita entre o que se
pensa, o que se sente e a maneira como se comporta. As três coisas estão
intrinsecamente ligadas de forma que, sempre que uma é alterada, a outra se
modifica. Muitas vezes, as pessoas não percebem esta relação e acabam agindo
por influência de um pensamento ou de uma emoção, sem saber o que motivou o
comportamento.
O
pensamento exerce uma influência marcante em tudo o que o sujeito realiza. Compreender que são os
pensamentos que comandam nossas ações é essencial para aumentar a consciência
sobre quais são os pensamentos que dominam a nossa mente. Tudo depende da forma em que se interpreta os
fatos, ou seja, a nossa
percepção/interpretação de uma situação é o que determina nossa forma de sentir
e de agir.
A Terapia
Cognitivo Comportamental atua, sobretudo, no nível do pensamento (interpretação
das situações), formulando entendimentos, verificando as funções no seguinte
esquema:
Fato/situação à Interpretação à Emoção/sentimento à Comportamento
A base da terapia cognitiva comportamental é que os sentimentos e os
comportamentos são determinados pela maneira em que se estrutura e interpreta o
mundo, como se pensa, de acordo com suas crenças. Quando o sujeito analisa suas
crenças, pode modificá-las, afetando seu emocional e, por conseguinte,
modificando o seu agir.
Através de uma relação colaborativa entre psicoterapeuta
e paciente, deve-se analisar as formas de ver uma determinada situação, procurar
alternativas e estratégias diferentes para resolver os problemas, buscando
obter o maior nível de satisfação e o menor sofrimento possível. É um processo
de identificar os pensamentos, flexibilizar-se para novas formas de lidar com situações,
cuidar melhor das emoções e buscar condições de vida mais funcionais.
O processo terapêutico torna-se dinâmico e, com alto
grau de responsabilidade e comprometimento de ambos, faz toda a diferença para
o sucesso final do tratamento.
Ana Maria Carlos da Silva
Psicóloga – CRP 02/18979
Psicóloga – CRP 02/18979
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